quarta-feira, 21 de março de 2007

bloc party e os álbuns 'lançados' antes do lançamento

Podemos ir ainda mais longe e considerar se a “fuga” de um disco para as redes P2P antes de sair para as lojas não poderá ser uma estratégia deliberada de marketing viral, diz o miguel caetano. no mês de novembro do ano passado, se não estou em erro, tive acesso a uma quantidade incrível de álbuns com data de lançamento marcada para um, dois e três meses depois. "a weekend in the city", dos bloc party, foi um desses casos. era uma versão por masterizar - tirando isso, estava lá tudo. um mês depois, saquei a versão final.

entre uma versão e a outra, pude ler (link missing) que iriam ser incluídas outras faixas que inicialmente não estavam previstas, coisa que acabou por não se verificar (fala-se, no entanto, de uma versão japonesa do álbum com outros temas, situação que não é novidade) . li também (link missing) que a forma como foi dada a possibilidade aos jornalistas de ouvirem em primeira-mão os temas de "a weekend in the city" foi um pouco anormal: desta vez, não reuniram os jornalistas numa sala onde estes puderam ouvir o álbum; enviaram por correio uma cópia do cd, por masterizar, a um grupo restrito de jornalistas. estou, necessariamente, a especular, mas não me parece nada inocente que, numa altura em que se as editoras se queixam do aparecimento dos álbuns nas redes p2p meses antes do lançamento, se coloquem nesta posição.

fora isto, também me parece que a divulgação antecipada dos álbuns pode servir para aferir da forma como estes são recebidos pelo público, - um tubo de ensaio ou focus group, à semelhança do que se faz com alguns filmes e séries de televisão. se a reacção não for a mais positiva, fazem-se as alterações necessárias para que o venha a ser.

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